terça-feira, 25 de março de 2008

O andar dos descalços

Escarpas nebulosas
que resolveste trepar
sem saber itenerários
ou programar destinos.
.
Escarpas virgens
(de coisas e gente!)
grávidas de teus calcanhares
nús, rotos, sangrentos.
.
Escarpas de ontem,
trilhos de ninguém
marcados (metro a metro)
pelo teu passo constante e singular.
.
Escarpas rectas e inandáveis
que pisas - Tu!,
ignorante do depois,
peregrino de caminhos nenhuns.
.
Escarpas nuas
que vestes de ruas
e que, em jeito de criança,
me dizes serem tuas.

5 comentários:

éf disse...

belíssimo, pá.
;)

Anónimo disse...

Vinha eu aqui ler mais uma das tuas inspirações quando me deparo com...nada!(de novo, claro)

Vê se blogs :)

Ass: Colega

Mena G disse...

Pois é!
Tardei a comentar mas muito que gostei destas palavras...
Isto é de continuar!
Bjs.

vieira calado disse...

Creio que é a 1ª vez que aqui venho. Cheira-me a maresia...
Bjs

Baron VonCherry disse...

Hm... tens 1 estilo bastante solto, mas lê-se bem :)

Parabens!